terça-feira, 26 de julho de 2022

#flowers BY NECA MACHADO,EUROPA

MORENA CABOCA, POESIA DE NECA MACHADO

 

A POESIA DE NECA MACHADO NA EUROPA

 

MORENA CABOCA

(Neca Machado esta aposentada e mora na Europa)


 

By: Neca Machado (Portugal)

 

Com olhos de Rio

Com jeito brejeiro

De animal no cio,

 

Morena Caboca,

Com cheiro de ervas

Banhada com água de Poço

 

Morena serena

Que ama o Luar,

Que sorri sem pressa

Do vento nortista

No rosto a navegar,

 

Morena Caboca

Que sabe sua história,

Preserva suas lendas

A luz da memória,

 

Morena Caboca

Que ama Bacaba,

Que sente saudade de suas madrugadas

Onde a poesia, teima em sobreviver,

Em terras distantes, (Portugal) nunca deixou morrer.

 

Morena Caboca

Que traz na saudade, o perfume do fruto,

Que sem vaidade, desfruta um presente

Que veio com a aurora, por um amigo fraterno,

 

Morena Caboca,

Que faz pontes entre Continentes,

Que declama sua poesia para outros ouvintes

Que conserva na mente o sabor do Açaí,

Que carrega na alma, o cheio de uxi, taperebá, cupuaçu, muruci...

 

Morena Caboca

Que gosta de pimenta,

Que se alimenta de sua herança

Que sabe o valor de sua gente,

Que ama Tacaca, e Tucupi...

Que se embriaga com o Jambu

Em ir e vir....

 

Morena Caboca

Que ama estórias de beira de rio,

Que caminha na lama, em busca de um amuleto

Que sorri quando ao longe

Enxerga visagem,

E que se perde com o canto do Uirapuru,

Que se encanta com Matinta Pereira,

E que se veste de brilho de fogo.

 

Morena Caboca

Morena, Morena,

Menina serena

Que envelheceu,

Que no rosto moreno,

As marcas do tempo

Só lhe engrandeceu.

 

 

domingo, 17 de julho de 2022

#reiki #necamachado #terapia

#reiki by #necamachado

 

CRONICAS DA NECA MACHADO NA EUROPA

 

CRONICAS DA NECA MACHADO NA EUROPA

 


“PORRA, CARALHO, FODA-SE...”

 

BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta, Folclorista, Memorialista com tons nostálgicos sobre pioneirismo tucuju. Contadora de Estórias, que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 16 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 20, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017, 2018 e 2019. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 39 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, 2018, 2019, 2020, 2021. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra “A vida em Poesia 3”, 2018, coautora na obra “a vida em poesia 4” (14.09.Lisboa-2019) coautora na obra do 5º Festival de Poesia de Lisboa 2020, Coautora na obra do VI Festival de Poesia de Lisboa 2021, homenagem ao escritor Mia Couto, coautora na obra lançada em Genebra- Faz de Conto (Make believe) bilíngue, português e inglês, 2018, coautora na obra lançada em Zurique “Tributo ao Sertão-2018”, coautora na obra lusófona (Além da terra, além do céu, lançamento em São Paulo- 2018) co autora na obra lusa – Liberdade-editora Chiado-2019, co autora na obra lusa Poem’art, Porto-2019. Co autora na obra em francês Almanaque do fundo Mar, lançamento, Brasil, Suíça e Portugal em 2020 e 2021, Co autora nas Obras lusas, Brisas de Primavera, Brisas de Verão, Brisas de Inverno 2021, Co autora na obra Lusa, Horizontes 2021. AUTORA INDEPENDENTE da obra luso brasileira publicada em Lisboa 2021 “DA AMAZONIA PARA O MUNDO” (Contos, Crônicas e Poesias). AUTORA INDEPENDENTE DA OBRA LUSA “PUTAS VELHAS, PRAZER E INFERNO” publicada em Lisboa pela editora Chiado em 2022, vendida em Angola, Brasil, Cabo Verde e Portugal. Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)

*NECA MACHADO ESTÁ APOSENTADA E MORA NA EUROPA

(30 ANOS DEDICADOS A EDUCAÇÃO DO AP-BRASIL)

Email: nmmac@live.com

 

“PORRA, CARALHO, FODA-SE...”

 

“Se EU tivesse 20 anos, talvez me surpreendesse com o que escuto diariamente na Europa, aos 60 anos.”

 

Esta semana ao abrir uma rede social, sorri, ao ver um vídeo do REI ROBERTO CARLOS esculhambando com uma fã, ele irritado por ela cantar na frente do palco onde fazia um show aos 80 anos, talvez sem nenhuma paciência, aos berros gritou (CALA A BOCA PORRA...)

“Sou CABOCA da Amazonia, e o tal PORRA pra nós, é irritação pura.”

Mas, nem me surpreendo mais, em Portugal virou MANIA, é jovem, é velho, é muita gente estressada, chamando o nosso velho PORRA, e com ele vem outros tantos nomes ditos obscenos, CARALHO, FODA-SE, e por aí vai, como dizia o velho comandante Barcelos.

E os assessores de artistas que envelheceram deveriam ter o CUIDADO de orientar quem os contrata para terem prudência ao abrir a boca, num show, TODO MUNDO TEM CELULAR, em Portugal é tele móvel, e gravam e correm e colocam nas redes sociais, e aí, o prejuízo é grande.

Tenho me dado presentes, e vou a shows de cantores brasileiros e internacionais que no Brasil, nunca veria, estou na Europa.

·       Martinho da Vila, aos 84 anos fez um show espetacular no Porto, mas está cansado, demorou a voltar, e o público impaciente, chamava PORRA.

·       Alcione, num ataque de “chilique” chamou (PORRA, QUERO MINHA ÁGUA...)

·       E são tantos PORRAS ditos na alcova, que o público não sabe, e nem escuta.

·       Mas aos 60 anos ainda conservo meu bom humor, e ouvido atento, escuto tudo que me interessa e o que não interessa, escuto a irritação de gente mal-educada, todos os dias, escuto reclamações, ansiedades, gente depressiva, gente angustiada, gente a beira de um ataque de nervos.

·       É a Europa.

·       E as lembranças de uma Amazonia distante que ainda mora dentro de mim, com seus costumes, com sua simplicidade e com seu linguajar caboco, onde o nosso velho PORRA, é comum, agora tão distante e atual, na EUROPA.

 

·       PORRA, CARALHO.... (rs......)