domingo, 28 de março de 2021

 

CRONICAS: EXTRAIDO DE UM FATO REAL

 

CRONICAS DA NECA MACHADO

 


(NECA MACHADO ESTÁ APOSENTADA E MORA NA EUROPA)

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O ARROGANTE E O “CANCER”

(Neca Machado)

BIOGRAFIA

 

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta, Folclorista, Contadora de Estórias, que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 15 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017, 2018, 2019. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 32 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, 2018, 2019, 2020. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra “A vida em Poesia 3”, 2018, coautora na obra “a vida em poesia 4” (14.09.Lisboa-2019) coautora na obra do 5º Festival de Poesia de Lisboa 2020, coautora na obra lançada em Genebra- Faz de Conto (Make believe) bilíngue, português e inglês, 2018, coautora na obra lançada em Zurique “Tributo ao Sertão-2018”, coautora na obra lusófona (Além da terra, além do céu, lançamento em São Paulo- 2018) co autora na obra lusa – Liberdade-editora Chiado-2019, co autora na obra lusa Poem’art, Porto-2019. Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)

Email: nmmac@live.com

 

*LEMBRANÇAS....

 

O ARROGANTE E O “CANCER”

“O CANCER FEDE!”

 

         Sentada na sala de espera, aguardando mais uma chamada para uma QUIMIOTERAPIA de meu esposo em Portugal, (+ falecido de câncer) em um centro referencial de tratamento do CANCER, sinto um “odor” muito forte de “PODRIDÃO” que me incomodou.

Olho para o lado e tento disfarçar.

Mais uma vez respiro fundo e tento descobrir de onde vem o tal mal cheiro.

Dezenas de pacientes de câncer esperam ansiosos serem chamados também, como na Europa tem “tratamento digno” muitos vão sozinhos para a quimioterapia, mas, outros necessitam de um acompanhante, (eu fui acompanhante de meu esposo já falecido, quase um ano em seu tratamento NA EUROPA).

 

E EU lá de novo incomodada com o mal cheiro.

Quando sai a paciente do lado, eu começo a cheirar uma PLANTA que estava no lado;

Para alguém observador poderia até pensar que eu tinha problemas mentais. (rs...)

E na minha concepção: o mal cheio vinha da planta.

Fomos chamados pelo microfone, e me dirigi a sala de atendimento.

          Quando tive uma oportunidade, perguntei a uma enfermeira, se ela sabia que a PLANTA que ficava na recepção tinha MAL CHEIRO.

Ela “surpresa” me disse que NUNCA, ninguém tinha falado sobre isso.

E se dispôs a ir comigo na recepção.

Lá fomos as duas ver a tal PLANTA.

E quando chegamos ela começou a cheirar a planta também,

E NADA!

Quase que EU MORRO DE VERGONHA!

Ela de novo sentia a planta, e me pediu para cheirar também, e NADA.

E sorrindo me disse:

(O cheiro que VOCE SENTIU) FOI DE ALGUEM “COM MAL CHEIRO)

Me disse: “O CANCER FEDE”

 

E AO VER UM CIDADÃO “ARROGANTE”

AGORA COM CANCER.

Me lembrei da tal estória da planta que fedia.

 

E na fase terminal, ELE INFELIZMENTE,

VAI FEDER. E VAI FEDER EM VIDA.

 

·         E prometi a mim, que, não vou mais me INCOMODAR com cheiros de podridão, muitos “LIXOS HUMANOS”, PODRES EM VIDA, FEDEM!

 

Porque TODOS os dias, ao abrir os jornais, vejo alguém ARROGANTE com CANCER, e isso, não mais me incomoda, outros mais arrogantes, CLAMANDO POR ESMOLAS, fazendo seus BINGOS para tratamento, e outros mais, e mais, ARROGANTES, sem pensarem no futuro, que não virá para seus medíocres sonhos de megalomania.

E a MEGALOMANA nem pensa no DIA DE AMANHA.

Que talvez, receba um CANCER em sua casa....(  )

Pensa somente em suas fantasias de uma VIDA ETERNA, em seus falsos AMIGOS, em seus falsos DEVANEIOS, TUDO NA SUA VIDA É MELHOR...

Nem pensa que não é mais importante para alguém que dividiu cama com ela.

ELE SE FOI.

E talvez amanhã (  ) o CANCER seja sua companhia.

E talvez amanhã, ELA SE TORNE PODRIDÃO EM VIDA.

 

E seus falsos AMIGOS, não estarão por perto,

Talvez até goste de escutar a canção de Oswaldo Montenegro: A LISTA...

“faça uma lista .....”

 

E volto a lembrar de TANTOS ARROGANTES, COM CANCER,

SIM O CANCER VENCEU.

SIM! O CANCER VAI VENCER O ARROGANTE!

Já vi um monte com câncer sem poder beber agua,(câncer de garganta)

Outros sem poder fazer sexo ( com câncer no pênis....)

 

E VÃO SE TORNAR PODRIDÃO EM VIDA,

PORQUE O CANCER FEDE!

 

 

 

 

domingo, 7 de março de 2021

#MULHER 08.03.2021 ("TENHO ORGULHO DE SER MULHER" Neca Machado-Europa)

 

MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS, LEMBRANÇAS DO INFERNO ( O LIVRO VAI SER LANÇADO NA EUROPA)

 

CRONICAS DA NECA MACHADO

(NECA MACHADO ESTÁ APOSENTADA E MORA NA EUROPA)

NECA MACHADO

 

 

 

“MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS”

(LEMBRANÇAS DO INFERNO)

*O SONHO EUROPEU DE CABOCAS DA AMAZÔNIA

RELATOS REAIS- PESQUISAS NA AMAZÔNIA

 

 

 

 

 

 

Amazônia-BRASIL

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SINOPSE

 

MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS

(By: Neca Machado)

 

          “Um dia ao escutar uma estória triste de uma Velha Prostituta”, refleti sobre suas dores e seus desamores, e decidi que UM DIA colocaria emoção nas suas paixões em forma de poesia, e durante quase trinta anos como jornalista Colaboradora, o tema não me saiu da memória, e quase na porta dos sessenta anos, resolvi deixar as futuras gerações, muitas delas de Prostitutas modernas, estórias antigas de sonhos que não se tornaram realidade, de projetos de enriquecimento através da venda de seus corpos que as destruíram, tanto fisicamente como mentalmente.”

Memórias de Putas Velhas, é uma coletânea de lagrimas, e de dores, feridas que nunca cicatrizaram, na alma e na derme. Uma reflexão para Mulheres que poderiam ter outras opções, mas escolheram um falso amor, porque muitas na prostituição também se apaixonam por seus clientes, e não são correspondidas.

Estórias de dependência química do falso amor, e das drogas licitas e ilícitas.

Relatos de aprisionamentos, violências físicas e mentais, torturas e assassinatos, fantasias assustadoras da natureza desumana, numa essência poética de fácil linguagem, minha característica literária.

Um leitor de minhas crônicas como jornalista, me disse um dia que minha escrita era pura emoção.

Concordei!

 

 

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APRESENTAÇÃO

 

 

          Como uma verdadeira Mulher da Amazônia, nascida no extremo norte do Brasil, fronteira com a Guiana francesa, meio do mundo literalmente, na Linha do Equador, estado banhado pelo majestoso Rio Amazonas, “sinto me na obrigação de deixar as futuras gerações este relato exaustivo de pesquisas realizadas por mim, ao longo de mais de três décadas, como Jornalista”

Escutei desde criança, estórias de terror de Mulheres ribeirinhas, que iludidas por sonhos de prosperidade com a valorização do “franco” moeda europeia da década de setenta, se aventuravam pelas correntezas do Rio Oiapoque, em busca de um futuro melhor, muitas morreram, desapareceram sob as aguas e nunca foram encontradas, outras sobreviveram para relatar a poucos ouvintes suas dores.

São mais de 200 relatos reais que escutei atenta sem interferir, e agora reproduzo de maneira literal em forma de contos, uma odisseia de terror. Muitas conseguiram sobreviver as doenças, as humilhações e as diferenças culturais entre o Brasil, extremo norte, muitas vieram também do Nordeste e a Europa. Outras não gostam de lembrar do passado, tem filhos oriundos dessas relações, muitas conseguiram cartas de residentes, outras tantas falam o idioma francês com fluência, porque Caiena na Guiana francesa continua sendo um Condado da França.

São estórias reais com a “minha característica” de reproduzi-las com pura emoção literal.

 

 

 

(Neca Machado- AUTORA)

 

 

BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017, 2018 e 2019. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 32 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, 2018, 2019 e 2020. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra “A vida em Poesia 3”, 2018, coautora na obra “a vida em poesia 4” (14.09.Lisboa-2019) coautora na obra lançada em Genebra- Faz de Conto (Make believe) bilíngue, português e inglês, 2018, coautora na obra lançada em Zurique “Tributo ao Sertão-2018”, coautora na obra lusófona (Além da terra, além do céu, lançamento em São Paulo- 2018) co autora na obra lusa – Liberdade-editora Chiado-2019, co autora na obra lusa Poem’art, Porto-2019. Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)

Email: nmmac@live.com

 

MEMÓRIAS DE PUTAS VELHAS- LEMBRANÇAS DO INFERNO




(ESTE CONTO JÁ FOI PUBLICADO EM UM LIVRO NA SUIÇA)

 

O VESTIDO DE LUREX

 

         Década de setenta, como que saída de um musical.

 Parece que em sua cabeça à música de “dancing days” ecoava, e ela nem tinha visto um musical, só tinha visto alguns capítulos de uma novela, onde a memória ainda relutante tentava trazer à tona imagens saudosistas, vistas em uma porcaria de tevê que precisava apanhar para mostras as imagens, e olha que ela acabou muito bom bril para colocar na ponta da antena para ver melhor.

Pela primeira vez que ela escutou canções internacionais, viajou, criou em sua mente um mundo só seu, rodopiava em seus saltos altos feito uma gazela, vestida com suas meias douradas em sandálias vermelhas, no meio de uma pista de discoteca barata nos cafundós do Juda, ela foi ao céu.

E olha que já se vão meio século!

Mas, o tal VESTIDO DE LUREX, ela jamais esqueceu.

Uma vizinha que tinha ido fazer ponto em Caiena, a motivou a ir com ela, fantasiou o outro lado do rio Oiapoque, que ela quase morreu do coração, a mulher contou tanta mentira que ela quase acreditou.

Disse que as crioulas não economizavam, que quando não queriam mais seus objetos, jogavam NOVOS nos lixeiros, e era só ir lá pegar, tinha de tudo, cama, até sapato...

E que os homens gostavam de brasileiras, porque eram mais carinhosas, e que pagavam muito bem em franco, e ela se entusiasmou, ainda tinha um corpo bom como disse a falsa amiga da onça.

Mas que era preciso andar bem vestida.

E a tal informou que tinham aberto uma nova boutique lá pelas bandas do centro comercial e que os novos modelos vindos da Europa eram vendidos bem baratinho. E ela meteu o martelo num pobre porquinho que guardava alguns trocados para comprar o TAL VESTIDO DE LUREX.

E quando chegou em frente da Loja, viajou mais uma vez.

Lá estava seu objeto de desejo, o tal vestido dourado de malha, com fios de ouro, meio matizado, que se ajustava no corpo direitinho disse a vendedora, querendo logo empurrar a tal preciosidade.

E ela comprou!

E em casa foi vestir o tal VESTIDO DE LUREX, para experimentar, porque ia usar em terras europeias quando atravessasse de catraia o rio Oiapoque.

E junto com o vestido, veio um sapato de salto alto, dourado, cheio de fivelas, que ela nem conseguia fechar, e nem sabia andar, e agora?

Tinha que treinar disse a falsa amiga, outra disse: mas, esse sapato e de caboca, e riu.

O vestido ela colocou, ficou apertado, aparecia a barriga, ela tinha gordura por todo lado, ele subia rápido, aparecia as calcinhas, e ela disse: quando eu for dançar vou ficar nua.....

Foi uma tarde de risadas, e de projetos para Caiena, onde iam dançar num Cabaré de um chinês.

E ela preocupada com o vestido, perguntava a amiga, e agora?

E a outra, não te preocupa, MANA te vira, de noite os velhos porres, só olham o dourado do vestido, nem vão perceber teu corpo.

E o sapato, nem sei andar, questionou, e ainda tinha as pernas tortas.

Eu heim!

Mas o tal VESTIDO DE LUREX FEZ EM CAIENA O MAIOR SUCESSO.