sexta-feira, 29 de março de 2019

3ª Antologia do Núcleo Acadêmico de Letras e Artes de PORTUGAL-2019

NECA MACHADO - DA AMAZÔNIA PARA O MUNDO

21ª OBRA COLETIVA DE NECA MACHADO EM PORTUGAL-2019


*ABRACEI O MAR EM PORTUGAL!



BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 10 obras lançadas em Portugal em 2016 e 2017, Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)

MEU NOME É MARIA!
SOU TEMPESTADE E CALMARIA!

“Posso ser atingida por ondas, mas, não afundarei, porque se não houver chuvas, não haverá floradas...”



ABRACEI O MAR EM PORTUGAL!


Olho no olho,
Somos os dois a contemplar este imenso horizonte,
Tu (Mar) caminhas tão longe...
E EU (Neca Machado) tão pequena, diante da tua grandeza,
Vim das entranhas da mata, (Amazônia) cheiro de Rio, (Amazonas)
TE ABRAÇAR!

Abracei o MAR em Portugal.
Despida do medo
Vim te abraçar,
Vim caminhar sobre teu imenso azul, e te confundes, entre o céu e a Terra.
Vim te louvar,
Não te trouxe flores,
Mas, clamei a Iemanjá, proteção, e licença,
Para, TE ABRAÇAR,

ABRACEI O MAR, EM PORTUGAL...

Sorri meu riso de felicidade
E tu (MAR), respondeste com tuas ondas batendo com força nas pedras,
E ecoando teu grito de contentamento. Pelo meu abraço.
Lavando minhas incertezas, (?) se elas realmente houveram.

Abracei o MAR, erguendo aos céus minhas mãos
Que se agigantaram para este ABRAÇO de agradecimento.
Vim de tão longe,
Desnuda do medo.
Só para te ABRAÇAR!
Nem pedi nada,
Nem quis nada
Nem chorei por nada,
Só escutei o bater do meu coração, palpitando apressado
Porque vim te ABRAÇAR.

ABRAÇEI O MAR EM PORTUGAL

Não vim nas embarcações,
Nem levantei minhas velas
Nem coloquei asas imaginarias,
Voei na tecnologia aérea, entre pontes sobre Continentes
Só para te ABRAÇAR!
E aos teus pés, não te dei flores.

Te dei o encanto da Floresta, pulmão do mundo.
Te dei minhas rezas, para que protejas navegantes,
Te dei minhas preces, louvando aos seres de luzes
Que outros possam fazer uma corrente tão grande
Só para TE ABRAÇAR.

ABRAÇEI O MAR EM PORTUGAL.

Não vim pedir nada
Vim só AGRADECER.
E tu (MAR) me respondeste com tuas ondas aos meus pés,
Lavando minhas angustias
E me trazendo força,
Para te ABRAÇAR, mais e mais.


POEMAS DE NECA MACHADO NA 3ª ANTOLOGIA DO NÚCLEO ACADÊMICO DE LETRAS E ARTES DE PORTUGAL-2019


O DOURO É ASSIM...!



BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso Urbs, classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 10 obras lançadas em Portugal em 2016 e 2017, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)


O DOURO É ASSIM...!


“UM TAPETE AZUL NO MEU PORTAL!”
A DES (CORTINAR) EMOÇÕES...

E ao contemplar meu portal por entre as ramas da velha Videira, descortino o meu tapete azul de emoção.
O DOURO É ASSIM!
 PURA EMOÇÃO A CADA CONTEMPLAÇÃO.

Cada Poeta tem um olhar ao DOURO, todos diferentes,
Uns de emoção, outros, contemplação afetiva
Outros des (cortinação) de sentimentos,
E outros, mais outros....

Ninguém vê o DOURO, com um olhar comum.
Muitos sobem em seu tapete azul magico
E voam perto do infinito
Como a competir com as gaivotas.

Contemplar o DOURO
É embevecer-se com seu belo manto azul celestial
Aos pés dos Montes, ou de trás dos Montes,
Como a (des) cortinar emoções.
MUITAS SOBRE TELHADOS
Outras como caminheiros de suas passarelas estreitas e cheias de história.
Contemplar o DOURO,
É apaixonar-se continuamente
Por uma mesma ROTA
Sem destino.
É desbravar caminhos cheios de magia,
É deleita-se como a sorver um belo vinho do Porto,
E fazer-se Porto
Em seu cais.
Contemplar o DOURO
E vestir-se de aquarelas
E matizes.
E a cada nova cor,
Sentir-se um desbravador
Sem NAU.
É ser naufrago, notívago,
Embriagado de Sonhos.

Assim é a ROTA DE EMOÇÃO.
DOS CAMINHOS, PELO DOURO.


quinta-feira, 21 de março de 2019

ENCANTOS PARA A ALMA- FOTOS DE NECA MACHADO

DA AMAZÔNIA PARA O MUNDO

CONTOS DA NECA MACHADO NO MUNDO, 20 LIVROS COLETIVOS PUBLICADOS NA EUROPA






NM

(Neca Machado)
BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas por 11 Países (Europa, Oceania, América do Sul) 2016, classificada  em 2016  na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, de novo em 2017, Concurso Urbs,  classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, de novo em 2017. Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 20 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017,2018 e 2019. Autora independente da Obra Mitos e Lendas da Amazônia, Estórias da Beira do Rio Amazonas, publicada em 02 edições em Portugal em 2017, edição limitada, Coautora na obra lusa, lançada em Lisboa em 09.09.2017, A Vida em Poesia 2, coautora na obra, “A vida em Poesia 3” lançada em Lisboa em 14.09.2018, coautora na obra “ Tributo ao Sertão, lançamento em Zurique- Suiça-2018, coautora na obra “Além, da Terra, além, do Céu” lançamento em São Paulo em 06.10.2018- Editora Chiado-Pt, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 30 blogs na web, 26 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)






CONTOS DA BEIRA DO RIO AMAZONAS


OS ENCANTOS DO POÇO DO MATO


A lata de manteiga bem ariada, é instrumento de trabalho de Nega Piedade, rebolando as cadeiras ela desce preguiçosa e com ares de princesa de ébano as ladeiras que circundam o entorno do POÇO DO MATO, cantarola sem letra uma canção indecifrável aos ouvidos dos mortais.

Ela retira com cuidado os cipós que atrapalham seu caminho e segue sorrateira como uma cobra a dar o bote. No lado esquerdo um pedaço de pano no ombro, puído pelo tempo e no braço direito a famosa lata de manteiga que serviria para levar o liquido precioso para os patrões degustarem após a ceia matinal e para ajudar nos afazeres domésticos.

Negra Piedade brilha na sua cor lustrada pelos raios dourados do sol que banham aquela manhã, e ela num misto de magia faz parte de uma aquarela. O POÇO DO MATO tornou-se inatingível, distante, e a negra no viço da idade não percebe, o canto do pássaro é sua companhia, e a caminhada é longa, ela levanta a blusa, mostra seus seios rijos ao sol e enxuga o suor da testa.
Ao abrir os olhos o POÇO DO MATO surge como por encanto a sua frente e suas águas jorram como faíscas prateadas lavando o céu.
Piedade é só alegria, suas companheiras não apareceram e ela agradece por não ter que dividir espaço com ninguém em busca da água. A negra furtiva e exausta da caminhada observa se alguém se aproxima, seu suor é forte nas entranhas, seu cabelo carapinha, e os calos nos pés são esquecidos por um momento e ela se entrega aos sonhos, sentada ao redor do POÇO DO MATO encantado, dos Campos do Laguinho.

O Moço branco de camisa engomada, perfume francês estende-lhe suas mãos, e Piedade não recusa seu convite, levanta assanhada, arruma os cabelos, ensaia seu sorriso mais branco, balança as cadeiras, empina os seios num frenesi e exclama: sou toda sua Sinhô!
O moço ergue-a do solo, levita com ela naquele cenário e Piedade emudece, os pássaros continuam a cantar, as arvores deslizam suavemente ao balançar do vento e a brisa que sopra não a desperta de seu sonho irreal.


O POÇO DO MATO é a única testemunha da Negra Piedade e cúmplice em seu prazer carnal. As horas são intermináveis e preocupam os seus patrões, seus conhecidos e os vizinhos da negra Piedade.

Escurece, a Rasga Mortalha solta seu grito ensurdecedor, o céu tem muitas estrelas, o vento é frio e o Poço do Mato assustador, negra Piedade não voltou, os moleques correm com lamparinas pelo mato, cachorros servem de companhia a procura de negra Piedade, e nem sinal dela. A noticia se espalhou, o seu sumiço é comentado em todas as esquinas, e em todos os bairros, a população que mora na Favela e no Elesbão ficam estarrecidos.

 As lavadeiras e as carregadeiras de água junto com as moças virgens são proibidas de irem ao Poço do Mato sozinhas.

Por que?

Negra Piedade foi ENCANTADA no Poço do Mato dos Campos do Laguinho.


“Olha sinhô,
Olha sinhô
No poço do Mato
Essa Negra se encantou...”






ARCAISMOS DO LAGUINHO

Laguinho é meu lugar...
Matéria publicada no caderno de cultura do Jornal D. do Amapá em: 25 de fevereiro de 2003.


O Bairro do Laguinho é um recanto primoroso do Amapá, possui figuras expressivas no âmbito cultural, folclóricas, boemias, caricatas, anônimas, enfim...

O Laguinho se imortalizou por falar de poesia, sem o compromisso formal da escrita. No Laguinho encontramos o negro soberbo da sua cor, o poeta que cria trovas ao acaso, o boêmio que amanhece fora de casa, e ainda na rua interpreta poemas criados na noite anterior debruçado sobre uma cadeira de um bar qualquer.

Arcaísmos do Laguinho é a rebusca por palavras em desuso, antigas, antiquadas... Falar de um Pitisqueiro que guardava preciosidades em suas gavetas de puro mogno, e que o verniz não saiu com o tempo, é salutar para a memória, abicorar  passarinho no Poço do Mato, sem ser incomodado por horas a fio, quieto, calado, feito uma estatua, quase morto... Desmintir o pé numa pelada nos campos do Kouro e levar para a famosa puxadeira Maria Cunha, Sacaca, Crioulo Branco, ou outros famosos que davam jeito na rasgadura do pé com a rapidez de um mágico.

Ataia, ataia... Os caminhos sem demora para se chegar aos objetivos propostos, ir na retrete e deixar a porta aberta era mania de todo mundo, só fechavam a porta quando alguém aparecia de repente.
Alguém estava Cuira para saber das ultimas novidades que as fofocas espalhavam, tiriça curtida depois de um bom gole de açaí amassado pelas mãos da Tia Geralda, a canela de um moleque magro, intanguido, tuira de não tomar banho, ou quando tomava era pela metade...
A cabeça de prego que trazia doenças e ficava nas valas empossadas ao lado, era um perigo diziam as velhas amas.

Menino corre da frente dessa cintina, gritava a mãe de vez em quando, Eré, Eré para mandar embora os inconvenientes, rodilha quebra com facilidade, cuidado! Só como paçoca feita em mufari(pilão). O Laguinho será sempre um lugar de saudade, aconchego e muitos amigos...

sábado, 9 de março de 2019

LIVRO DIGITAL

CRONICAS DA NECA MACHADO - JÁ NO LIVRO DIGITAL NA WEB


PUTAS VELHAS -MEMÓRIAS
CRONICAS DA NECA MACHADO
LEMBRANÇAS AMARGAS (PESQUISAS)

“MADAME BUTTERFLY”


BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso Urbs, classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 20 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, 2018,co autora na Obra “A Vida em Poesia III-2018- Lisboa-Pt”, coautora na obra internacional, “Tributo ao Sertão-2018” lançamento em Zurique-Suíça,co autora na obra internacional “Além da Terra, além do Céu-1000 poetas contemporâneos do Brasil, lançamento em São Paulo-10.2018 editora portuguesa Chiado, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)


“MADAME BUTTERFLY” (BORBOLETA)



Quando uma pessoa é descrita como ‘social butterfly‘ significa que ela é uma pessoa extremamente amigável, faz amizade com facilidade. É também uma pessoa fácil de lidar, de conversar e tudo mais. Uma pessoa que tem estas características e que é popular entre vários grupos de amigos é na verdade um[a] ‘social butterfly‘.
Algumas palavras sinônimas de ‘social butterfly‘ são: gadabout e gadder. Claro que há outras! Mas por enquanto estas aí já ajudam a melhorar mais o seu repertório lexical!

             No coração do bairro do Laguinho, ELA (   ) nasceu, talvez encantada pela magia do Poço do Mato, talvez tivesse uma memória emotiva com o voo dasbelas Borboletas que circulavam ao redor do antigo lago, com suas aguas cristalinas, com sua magia no meio de uma floresta no coração da cidade das abacabas no meio do mundo literalmente, e ELA viajava em suas jangadas de aningas e sonhava, e sonhava com um futuro perto do arco íris.
Resolveu adotar o nome de MADAME BUTTERFLY, uma sugestão de amigas na década de 80, em Belém do Pará onde fazia universidade.

Como as BORBOLETAS, voou tanto que envelheceu, chegou a meio século cheia de memória e de saudade.

Mas, a memória extraordinária, abre gavetas do passado, e resolve dividir comigo, suas estórias, em pleno 2019.
Nasceu um belo menino de olhos verdes, lindo, filho de uma família tradicional, a mãe religiosa fervorosa, talvez nem aceitasse suas opções sexuais, mas, ELE, ELA (     ) determinado, ousado, atemporal, partiu para o vizinho estado do Pará, e concluiu uma faculdade, tornou-se servidor público na área da educação.
Como MADAME BUTTERFLY, bateu suas asas coloridas, pousando em muitos jardins, escolhia Rosas, belas e cheias de sedução, mas que deixavam seus espinhos nas gavetas do tempo.

Viveu toda a verdadeira liberdade juvenil (aprontou todas, sorri maliciosamente).
MADAME BUTTERFLY encantou e foi encantada.
Seduziu com seu ar angelical, autoridades, políticos, empresários, servidores públicos, enfim…Pra quer falar em nomes?

MADAME BUTTERFLY, cheia de etiquetas, elegante, “fina”, ama cozinhar, decoração é com ELA, parece que veio de berço, desbravou muitos lugares em sua trajetória, gosta de música de qualidade, de arte, esportes e ainda pensa em morar na Europa.
Participou de muitos eventos em Macapá, coreografou grupos de dança.
Mas ELA, foi a realização de sonhos de centenas de verdadeiros Homens, probos, cheios de “pose” que na alcova, solicitavam de seus serviços sexuais.
Amou, foi amada, e satisfez.
E lembra sorridente de um de seus famosos casos: um dos primeiros parlamentares federais que hoje dá nome a uma tradicional escola no centro de Macapá, lembra ELA, que ele realmente foi apaixonado pelos seus encantos.



MADAME BUTTERFLY tem milhares de estórias reais, que servirão de maneira sequencial para no futuro talvez um livro de memórias.

terça-feira, 5 de março de 2019

LIVRO DIGITAL DA NECA MACHADO NA WEB

CONTOS DA NECA MACHADO NO MUNDO- 20 LIVROS COLETIVOS DE CONTOS E POETAS NA EUROPA


PUTAS VELHAS -MEMÓRIAS
CRONICAS DA NECA MACHADO

(REVOLTA DE UMA PUTA POBRE!)
A PUTA VELHA E A ORQUESTRA DE SAPOS
c


BIOGRAFIA

Neca Machado (Ativista Cultural, altruísta que preserva os sabores e saberes da Amazônia, através dos Mitos e Lendas da Beira do Rio Amazonas no extremo norte do Brasil, é, Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, premiada em 2016 com classificação na obra brasileira “Cidades em tons de Cinza”, Concurso Urbs, classificada com publicação de um poema na obra Nacional, “Sarau Brasil”, Novos Poetas de 2016, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Coautora em 20 obras lançadas em Portugal em 2016, 2017, 2018,co autora na Obra “A Vida em Poesia III-2018- Lisboa-Pt”, coautora na obra internacional, “Tributo ao Sertão-2018” lançamento em Zurique-Suíça,co autora na obra internacional “Além da Terra, além do Céu-1000 poetas contemporâneos do Brasil, lançamento em São Paulo-10.2018 editora portuguesa Chiado, Licenciada Plena em Pedagogia, Gastro-Foto-Jornalista, Blogueira com 25 blogs na web, 21 no Brasil e 04 em Portugal, Quituteira e designer em crochê.)




          Década de sessenta, época de chuva, ELA (    ) revoltada levantou o mosquiteiro surrado, e começou a praguejar: Desgraçados, calem a boca, vou jogar mijo em vocês...
Cruz credo!

Foi aí que se deu conta que sua arrogância, foi um péssimo negócio.

Nunca quis estudar, o tempo realmente foi seu inimigo.
Perdeu tudo que conseguiu vendendo seu belo corpo, no Brasil e em Caiena.
Agora VELHA, os filhos se foram, tinham vergonha dela, mas na época das vacas gordas ELA prestava. Ganhou muito franco e ajudou muitos imbecis, como gosta de repetir, “quem tem pena do miserável, fica no lugar dele”, se EU tivesse que mudar, nunca mais ajudava ninguém, são ingratos, resmungou.

Coçou a cabeça pensativa, talvez tivesse piolhos, coisa que ELA se enojava, nunca pensou que teria piolhos,
Que nojo!
Começou a revolver a memória como castigo.

Tinha 17 anos quando entrou “na vida”, dizia que já tinha 18, para enganar comissários de polícia em festas, foi para o Oiapoque no período das chuvas, não conseguia enxergar o pé de tanta lama, a estrada, hum! Nem existia, era um caminho só de lama, pura lama, lembrou, parece que puxavam a gente para dentro da terra, sorriu.

Chegando lá foi outro sacrifício, encontrar uma catraia a preço de banana que a levasse até o outro lado de São Jorge sem que fosse presa.
Outra romaria. EU hein!
Mas chegou, enfim, no tão esperado “paraíso” da prostituição.
Brigou muito para ter espaço, também bateu, não era de levar desaforo, sorriu entre um dente postiço e o resto original.
Lembrou, que a China começava a ter reconhecimento em seus produtos, e sorriu, tudo porcaria.

Conheci um gringo, que trabalhava num avião e me convidou para ir a Paris.

Nem pestanejei, convidei outra vadia, e fomos juntas a cidade luz.

Cresci sem regras, sem medo, e com muita coragem.

Em Paris, quase desmaiei ao ver uma ORQUESTRA, sim, uma orquestra tocando na praça, mas, meu Deus, num paga nada? Perguntei.

E ao voltar para Caiena onde passei um bom tempo, queria sempre voltar aParis, sim, fui a Paris, muitas mentirosas dizem que foram a Paris, mas num saíram de Kouro...
E agora no fim da vida, tenho que escutar essas Merdas de SAPOS na minha ponte, sim, acabei numa merda de ponte num fim dos infernos, onde pude comprar uma merda de casa barata dentro do lago, e ainda dizem que vão tirar a gente daqui. Olha onde me meti!

ESCUTANDO UMA ORQUESTRA DE SAPOS!
Que não me deixam dormir.